Petróleo fecha em alta, com guerra comercial e alívio do dólar no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam esta quarta-feira (24) em alta, recuperando parte da forte liquidação de ontem. A fraqueza do dólar também favorecia a valorização da commodity, enquanto os investidores aguardam novas notícias sobre a disputa comercial entre China e Estados Unidos e uma possível aceleração da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 0,84% (US$ 0,52), fechando a US$ 62,79 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,72% (US$ 0,47), para US$ 65,65 o barril. O índice DXY, que mede a variação da moeda ante uma cesta de seis pares fortes, cedia a 99,376 pontos.

As atenções seguem voltadas para os níveis de produção da Opep+ e um possível excesso de oferta, dada a relutância do Casaquistão em cumprir os níveis acordados pelo cartel. Oito países da Opep+ irão se reunir em 5 de maio para definir o plano de produção para junho.

Enquanto isso, negociações comerciais entre EUA e China seguiam no radar. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou há pouco que realizou reunião com a China nesta quinta-feira, sem dar mais detalhes. Mais cedo, autoridades chinesas afirmaram que o país não está envolvido em negociações tarifárias com o governo Trump.

Os dados de estoques nos EUA, divulgados na quarta-feira, também foram moderadamente positivos, com um aumento modesto nos estoques de petróleo bruto e quedas maiores do que o esperado nos estoques de diesel e gasolina.

“A gasolina está sendo consumida em um ritmo muito mais rápido do que a média dos últimos cinco anos, o que oferece algum suporte aos contratos futuros de petróleo, assim como os destilados, que estão nos níveis sazonais mais baixos dos últimos cinco anos e precisa começar a se recompor”, disse Scott Shelton, da TP ICAP.

A Valero informou hoje que as operações de refino em Benicia, na Califórnia, serão encerradas até abril de 2026. A unidade representa cerca de 9% da capacidade de refino de petróleo da Califórnia – ou cerca de 150 mil barris por dia. A decisão ocorre pouco mais de seis meses depois de a Phillips 66 anunciar que encerrará as operações de unidade em Los Angeles – com capacidade de 147 mil barris por dia – no fim deste ano.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Autor/Veículo: O Estado de São Paulo (E-Investidor)

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